31 de mai. de 2012

Corioamnionite: Gravidez de risco!


A corioamnionite é uma infecção das membranas placentárias e do líquido amniótico. É um pouco frequente, apresenta-se em cerca de 1 a 2% de todas as gravidezes, mas é mais comum nos partos prematuros já que a corioamnionite pode causar bacteremia (infecção no sangue) na mãe e provocar um parto prematuro e uma grave infecção no neonato. Os organismos geralmente responsáveis da corioamnionite são os que normalmente se encontram na vagina, incluindo a Escherichia coli (E. coli). Os estreptococos grupo B também podem produzir a infecção.

Durante a gestação, o muco cervical e as membranas ovulares formam uma importante barreira que separa o feto e o liquido amniótico, que são esterilizados, do canal vaginal, que é carregado de bactérias. Mas, às vezes, se há uma rotura prematura das membranas, os germes passam ou ascendem desde a vagina até ao útero infectando o liquido amniótico. A infecção também pode vir através do sangue ou depois de um procedimento obstétrico invasivo, como a amniocentese. O risco de contágio depois de uma amniocentese diagnóstica é aproximadamente de 1%; depois de transfusões intra-uterinas é de cerca de 5%.

Sintomas principais
- Febre.
- Aumento da frequência cardíaca na mãe e no feto.
- Dor ou sensibilidade no útero.
- Odor desagradável do liquido amniótico.
- Leucocitose materna (>15 000 leucócitos/mm3).

Estes sintomas são semelhantes a outros problemas, por isso é necessário um exame minucioso do obstetra. O diagnóstico deve ser feita por análises de laboratório para detectar a infecção. Às vezes é necessário coletar o líquido amniótico através de uma amniocentese.

As mulheres que tiveram um episódio prévio de corioamnionite devem ter mais cuidado em futuras gestações, visto que apresentam mais risco de reincidência. O papel do obstetra na sua prevenção consistirá em realizar cultivos de urina e vagina periódicos (mensais), investigações para descartar infecção por clamidia e mycoplasma, e cultivo do reto para descartar infecção por estreptococos do grupo B.

Complicações
Os riscos mais frequentes associados à corioamnionite são: bacteriemia da mãe ou do feto, aumento da mortalidade perinatal, desprendimento prematuro da placenta, atonia uterina, etc.

Tratamento da corioamnionite
O tratamento dependerá do estado de saúde da grávida, do seu histórico médico, do avanço da doença, da sua tolerância a certos medicamentos e das expectativas de evolução do problema.

Imediatamente quando se diagnostica a infecção também se administram antibióticos para tratar a corioamnionite. Frequentemente é necessário induzir o parto para prevenir complicações na mãe ou risco ao feto, e continuar com os antibióticos após o parto.

Recomenda-se, sempre que se possa, o parto vaginal para evitar a contaminação da cavidade peritoneal durante o nascimento. Mas perante qualquer problema, deve-se praticar uma cesariana. O índice de cesarianas em pacientes com esta infecção é bastante alto, devido ao fato de ser frequente o trabalho de parto disfuncional ou o sofrimento fetal.

Para que serve o liquido amniótico?
Este liquido forma-se na quarta semana de gravidez, quando o embrião já está aninhado nas paredes do útero e quando se começa a formar a cavidade amniótica, a qual irá enchendo de liquido. Durante o primeiro trimestre, este líquido é um ultrafiltrado do plasma sanguíneo materno, mas a partir da 12ª semana também o bebê intervém com a sua urina.

O líquido amniótico protege a criança de lesões externas, servindo como um amortecedor e evita que a pressão dos órgãos da mãe afetem o bebê. Também mantêm o bebê aquecido, ajuda a desenvolver os pulmões e alimenta o bebê, já que cada gole de líquido amniótico proporciona ao seu bebê milhões de proteínas. Também é um importante indicador do estado de saúde do bebê e de possíveis complicações.
Quando há líquido em excesso pode indicar que sejam gêmeos, diabetes ou má-formações do feto. Se há pouco, significa que existe um perigo claro, devido, por exemplo, a uma fissura na bolsa ou a um problema no sistema renal do bebê. Isto pode provocar infecções uterinas ou fazer o feto comprimir o cordão umbilical, sendo necessário adiantar o parto.

Através do líquido amniótico pode-se diagnosticar má-formações, já que contém um grande número de células fetais, com as que se pode conhecer o cariótipo do bebê e diagnosticar uma doença cromossômica.


Fonte:http://www.todopapas.com.pt/gravidez/saude-na-gravidez/gravidezes-de-alto-risco-corioamnionite-2839  

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