24 de mai. de 2011

Muitas mulheres se submetem ao coito interrompido


O coito interrompido ou a ejaculação voluntária fora da cavidade vaginal é ainda o método anticoncepcional escolhido por muitas mulheres, especialmente em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Apesar do coito interrompido estar associado a taxas de falha anticoncepcional que variam de 19 a 49%, ele é a opção contraceptiva de muitos casais. Mas como todos sabem, a escolha e uso correto do método anticoncepcional é um tema complexo que não se restringe à disponibilidade de informação.
          Um estudo iraniano procurou entender as razões que levam certas as mulheres a optarem pelo coito interrompido. Para isto, eles entevistaram 300 mulheres, em idade reprodutiva, maiores de 18 anos, casadas, usuárias do método. Os principais motivos alegados para o uso do coito interrompido foram: ausência de custo, o fato dele (o coito interrompido) dispensar orientação médica, poucos efeitos colaterais e facilidade na compração com outros métodos. Por outro lado, os obstáculos para o uso de métodos mais modernos e seguros esteve associado às preocupações com a saúde e os efeitos colterais, desinformação e dificuldades sexuais. Mas o dado mais curioso é que a opção pelo coito interrompido era também definida pelo parceiro, confirmando que as questões de poder e os conflitos entre os papéis masculinos e femininos estão envolvidos na escolha do método contraceptivo.
          Em outras palavras é o homem, e não a mulher, que prefere este tipo de método, impedindo-a de se manifestar. Neste caso, infelizmente, mais do que o coito é a própria comunicação e relação do casal que está interrompida.

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