24 de mai. de 2011

Estresse crônico, mais do que agudo, prejudica fertilidade



     Infertilidade conjugal interfere na vida de até 15% dos casais. Um estudo americano avalia o papel do estresse agudo e crônico sob a função ovariana
    Você acredita que o estresse interfere na fertilidade feminina?  
    

Cerca de 10% dos casais não conseguem ter filhos e muitos deles optam por técnicas de fertilização assistida. E uma das preocupações dos profissionais desta especialidade é com a chamada reserva ovariana da mulher, ou seja, a capacidade do ovário responder à estimulação hormonal e/ou de produzir hormônios e óvulos adequadam


O mais importante parâmetro hormonal nesta avaliação da reserva ovariana é o FSH (folículo estimulante). Sabe-se também que fatores ambientais e  biológicos podem influir na reserva ovariana, sendo que com o envelhecimento há um declínio natural e fisiológico. Mas será que os estresse psicosocial, agudo ou crônico, pode interferir na capacidade funcional ovariana?. Essa interessante questão foi o tema de um estudo americano, com 89 mulheres, com idade inferior a 42 anos, que freqüentavam clínica de infertilidade. 


Os autores da pesquisa procuraram avaliar simultaneamente as dosagens de FSH, nos primeiros dias do ciclo menstrual, e outros parâmetros biológicos e psicosociais. O estudo conclui que mais idade, história familiar de menopausa precoce,  a obesidade, estimada pelo IMC e estresse crônico se associam independentemente com menor reserva ovariana. O uso de drogas recreacionais e de álcool, bem como história de abuso , também se associaram com menor reserva ovariana. Por outro lado, estresse agudo, avaliado por meio da dosagem do cortisol e por meio de questionários sobre humor, não estava relacionado com essa redução.  O resultado tão interessante quanto  curioso aponta para um efeito negativo do estresse ao longo da vida, e não apenas num curto período de tempo, sobre a fertilidade da mulher.


E os autores explicam que isso pode acontecer por conta da alteração conjunta de diferentes sistemas neuro-endócrinos. Mas eles mesmos ressaltam que é preciso ter cautela com os resultados, já que o ser humano é muito mais complexo do que parece. Alguém duvida? 
Mulheres hesitam em falar de sexo com seus médicos
     Mulheres na pós-menopausa podem ter dificuldades em falar de sexo com seus médicos e, eventualmente, podem não falar a verdade. Esta é a conclusão de um estudo australiano que tenta explicar como isso ocorre
    Você fala de questões sexuais com seu médico?  
    


Mulheres pós-menopáusicas, muitas vezes, hesitam em discutir suas atitudes sexuais e experiências sobre sexualidade com seus médicos. E, às vezes, mentem quando o assunto é sexo. Isso pode ser explicado por fatores socioculturais, étnicos e antecedentes médicos que intereferem na atitude sobre a menopausa e sobre as expectativas ligadas à sexualidade.
        Um estudo entrou fundo nesta questão tentando investigar a comunicação sobre sexo entre pacientes e médicos e sobre os fatores externos que limitam este diálogo. Mais de 2300 mulheres, com idades entre 45 e 64 anos foram entrevistadas, direta ou indiretamente, por meio de questionário, fornecendo dados sobre a atividade sexual e o impacto da mesma na qualidade de vida. Quanto aos resultados, os pesquisadores observaram que a porcentagem de mulheres que tiveram parceiro ocasional ou pouco convencional variou conforme o tipo de entrevista, sendo o dobro na entrevista anônima, na comparação com a entrevista médica. Outra diferença relevante é que na entrevista médica, apenas 15% das mulheres reconheceram que a sexualidade não era muito importante; muito diferente dos 40% relatados no questionário anônimo.
       A mensagem é clara, mulheres nesta faixa etária tem dificuldades para falar de sexo com seus médicos. Isso pode ser explicado pelas características das mulheres, do médico ou de ambos. E não falar pode ser ruim para as mulheres ou mesmo para a relação médico-paciente.
       Mas vale uma ressalva. Um dos poucos itens em que os métodos, por entrevista médica e questionário, foram concordantes foi sobre “a ausência de vida sexual atual”. Houve concordância entre os métodos e quase 90% das mulheres diziam estar sem atividade sexual no momento. Pelo jeito, quando se trata de sexo, é mais fácil falar o que não se faz do que o que se faz ocasionalmente ou escondido. 






Fonte:http://dralexandrefaisal.blog.uol.com.br

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